Entrevista que a Frente Universitária e Estudantil Lepanto concedeu à repórter Tatiana Sabadini do Correio Brasiliense, em junho deste ano, para auxiliar em sua matéria sobre o tema Criacionismo versus Evolucionismo. Segue abaixo nossas respostas para conhecimento dos leitores.
Para ler a matéria publicada pela repórter, acesse:
https://www.correioweb.com.br/
OBS: Não há, no artigo publicado, nenhum dos nossos argumentos.
Tatiana Sabadini: A discussão entre criacionismo e evolucionismo é antiga. Por que para a sociedade científica é tão difícil aceitar as idéias criacionistas?
Lepanto: Trata-se de um preconceito. Com o avanço da ciência, sobretudo na área da biologia, bioquímica, da genética, e diversas outras, inúmeros são os cientistas, das mais famosas universidades do mundo, que já não aceitam o darwinismo, ou pelo menos muitos de seus pressupostos. É claro. Darwin não conhecia o DNA; ele não conhecia muitas das organelas celulares que hoje até uma criança pode ter acesso.
Mas não é só isso. Como que por definição, o darwinismo não pode ser considerado científico. Por quê? Porque ele não parte da observação da realidade para depois chegar a uma conclusão. A raiz do evolucionismo está em uma elucubração que sustenta que a partir de pequenas alterações (mutações) passamos da "não-vida" para a "vida inteligente" e que o princípio primordial dessas mudanças é a sobrevivência do mais forte. Isso através de sucessivas etapas que nunca foram cientificamente demonstradas.
Muitos são os cientistas que, querendo aprofundar o evolucionismo, acabaram por mudar de posição. É o caso, por exemplo, do Professor Michael Behe phD, da Universidade de Lehigh. Estudando a bioquímica, ele percebeu que a teoria da Seleção Natural, base do darwinismo, ia contra as novas descobertas da bioquímica. Isto é, partindo de dados da ciência, ele chegou à conclusão que só uma Inteligência poderia ter desenhado a maioria das estruturas vivas do planeta.
Tatiana Sabadini: A teoria da evolução descrita por Darwin é realmente possível? Ela pode ser complementada pela teoria da criação?
Lepanto: É fato que existe um certo tipo de evolução dentro de uma mesma espécie. Mas Darwin não conseguiu demonstrar a evolução de uma espécie que dê origem a outra espécie. O elo até hoje está perdido... A teoria da evolução é, como o nome indica, apenas teoria.
A teoria de Darwin é muito restrita, basta uma só falha no sistema para todo seu edifício desmoronar como um castelo de cartas. O próprio Darwin assim o admitiu, quando disse no seu livro A Origem das Espécies: "Se se pudesse demonstrar que existe algum órgão complexo que não tenha sido possivelmente formado por modificações numerosas, sucessivas e pequenas, minha teoria simplesmente cairia por terra". É o que tem provado largamente a corrente de cientistas do "Intelligent Design" (Desenho Inteligente).
Esses cientistas têm demonstrado que inúmeros órgãos vitais, organelas das células, funções tais como a visão, etc., de nenhum modo poderiam ter sido formadas por modificações "numerosas, sucessivas e pequenas". (cfr. A caixa preta de Darwin, Michael Behe, Nova York, Free Press, 2006)
Também no que diz respeito às mutações, os dados científicos atuais são cada vez mais claros de que elas são nocivas aos organismos.
Ao contrário do evolucionismo que parte da "não-vida" (do vazio, por assim dizer), o Criacionismo sustenta que é preciso que um Ser superior tenha criado cada espécie. Seria absurdo, do ponto de vista racional, sustentar que um ser inferior pudesse gerar outro ser de uma espécie superior e mais complexa. Isso, que está no fundamento do evolucionismo, é racionalmente absurdo e nunca foi demonstrado cientificamente.
Tatiana Sabadini: Você acredita que seja possível misturar as crenças religiosas nas pesquisas científicas sobre a criação do mundo?
Lepanto: A Fé e a Razão não devem ser vistas como excludentes ou contraditórias, mas sim como complementares. A ciência moderna se baseia no empirismo, na capacidade de medir, experimentar, quantificar dados. Mas a ciência, entendida em seu sentido mais amplo, não se restringe a isso, tanto que hoje temos as "ciências humanas" em todas as universidades, onde o caráter científico é derivado de um método e não necessariamente de uma experiência.
No que diz respeito à religião, é preciso distinguir. Existem "crendices" que acabam se tornando religiões supersticiosas, onde a ciência não tem lugar. Mas, no que diz respeito à religião católica, isso não se aplica. A fé não deriva de um sentimentalismo superficial, mas de uma convicção profunda, onde a razão e a ciência também estão presentes. A Fé, a razão e a ciência devem andar juntos.
Por exemplo: se a Ciência prova que tem que haver um Ser Inteligente que tenha criado tudo, é a Religião que tem os meios de dizer quem é esse Ser. É o que a Igreja Católica faz: ela usa dados da razão, da lógica e da Revelação e afirma: esse Ser é Deus. E depois continua seu estudo, e mostra quais as características de Deus. Não é crendice: é lógica, razão, estudo e convicção.
Ao contrário do Criacionismo, que não exclui a filosofia, a metafísica, a lógica e a ciência; e, com esses instrumentos do conhecimento humano pode chegar a noções muito mais profundas sobre a origem da vida, o evolucionismo, por se pretender "científico" (isto é, experimental) acaba esbarrando em um problema que é também um paradoxo, já que não há como recriar a "experiência" primeira por onde se teria iniciado a vida. O evolucionismo acaba padecendo do problema que vê no Criacionismo e se tornando uma espécie de religião, onde a "fé" é anterior à comprovação dos fatos.
1 comentários:
A) DISCUSSÃO
Não é tão antiga assim, surgiu a partir da obra de Darwin, cujo teor deveria ser meramente técnico, e se transformou numa “doutrina” de seguidores e defensores, como qualquer religião. Equívocos de posturas apenas dogmáticas!
B) EQUÍVOCOS EVOLUCIONISTAS
- O trabalho do homem na agricultura e criação deu subsídios à obra de Darwin. As “espécies” que o homem introduz se encaixam na “doutrina”? Os artefatos que o homem faz que em determinadas circunstâncias se tornam também “seres vivos”, e se encaixam na doutrina?
Claro que não, não são “naturais”, nem seleção natural, nem ocorrem “por acaso”, etc. etc. Logo, a doutrina é no mínimo “parcial”, não serve para aquilo que sabemos como é!!
- Com relação aos “elos perdidos”, simplesmente podem nunca ter existido. O conjunto “carro+motorista” é um ser vivo com a mesma inteligência do motorista, portanto, inteligente como o homem, nas circunstâncias. O organismo “carro” evoluiu da “carroça”, e nunca houve o “elo perdido” onde o burro se transforma em motor! Simples, a inteligência dispensa “evolução contínua”, o carro simplesmente surgiu pronto, sem ligação alguma entre burro e motor!! A carroça teve sua evolução, bem como o carro, ou qualquer outro artefato que o homem faça, cuja origem é a sua própria inteligência!
Apenas equívocos na evolução. Não é a matéria que evolui mas apenas os “organismos”, e precisa da evolução da inteligência para isso.
- Não havendo o princípio “Deus”, Darwin deu solução pela “seleção natural” na adaptação do meio ambiente. Sabemos que o ambiente na Terra todo é um ecossistema, e o homem está provando isso. Então, quem se adapta ao quê? E sem a adaptação onde se sustenta a “seleção natural”?
Acho que apenas nesses três pontos questionam os princípios ou premissas da “doutrina da evolução” nos seus equívocos.
C) EQUIVOCOS CRIACIONISTAS
- Deus Infinito não poderia ter feito absolutamente nada no Universo “pessoalmente”, exceto o próprio Universo na condição estável e estática, eu diria na condição de “entropia infinita”! Algo perfeito não poderia fazer algo imperfeito, em transformação ou evolução, exceto se Ele também fosse imperfeito, por definição.
- O ser inteligente sendo Deus peca pelo mesmo princípio, da perfeição!! Não há evolução na perfeição.
- Deus Infinito apenas se sustenta como “princípio primitivo”, de onde se originariam outros princípios, leis, etc. etc. O resto se deduz daí. O Universo é apenas uma dedução.
- Do trabalho dos homens, o Universo todo como o vemos, há que ser “obra” de alguma inteligência como a nossa, em evolução e estaremos apenas num ponto dela!
O princípio da inteligência como a do homem, responde a qualquer enigma, qualquer mistério, qualquer “elo perdido”, etc. etc. APENAS INTELIGÊNCIAS ESTÃO EM EVOLUÇÃO, A MATÉRIA NÃO EVOLUI PARA NADA, EXCETO QUE ESPONTANEAMENTE REGRIDE AO SEU PRINCÍPIO DE ENTROPIA INFINITA!
Portanto, uma discussão desfocada por princípios e premissas equivocadas desde o início.
Ariovaldo Batista - engenheiro
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