Moral católica e combate à Aids

Nas últimas semanas, a mídia deu grande destaque a repercussões das palavras de Bento XVI, em seu livro-entrevista Luz do Mundo, sobre o uso de preservativos em determinadas circunstâncias.

Infanticídio indígena: a tragédia silenciada

Você sabia que, em várias tribos indígenas no Brasil, crianças recém-nascidas são enterradas vivas, estranguladas, ou simplesmente deixadas na mata para morrer?

domingo, 27 de dezembro de 2009

Elefantes atacam Orissa exatamente um ano após perseguições

Fr. Sunil De Silva - Arquidiocese de Colombo
Tradução livre

Em julho de 2008, uma intensa perseguição aos cristãos se desencadeou no estado indiano de Orissa [Bahia de Bengala, parte oriental da Índia)]. Uma freira de 22 anos de idade foi queimada até a morte quando multidões enfurecidas incendiaram um orfanato na aldeia de Khuntpali, distrito de Barhgarh. Outra freira foi estuprada por uma gangue em Kandhamal, turbas atacaram igrejas, queimaram veículos, casas de cristãos foram destruídas, e o Pe. Chellen Thomas, diretor do centro de pastoral que foi destruída com uma bomba, escapou por pouco depois que uma turba de hindus quase ateou fogonele. O resultado final foi de mais de 500 cristãos mortos, e milhares deoutros feridos e desabrigados depois de que suas casas foram reduzidas a
cinzas.

Mais recentemente, um evento estranho e dramático vem ocorrendo em Orissa, que tem deixado a muita gente falando dele e se interrogando.

Nos últimos meses, manadas de elefantes selvagens começaram a destruir as aldeias onde moram alguns dos piores perseguidores dos cristãos durante os passados distúrbios. Em uma aldeia, onde, em agosto do ano passado, os cristãos tiveram de fugir para salvar suas vidas, enquanto suas casas eram destruídas pelos manifestantes, uma manada de elefantes surgiu da floresta circundante exatamente um ano depois, em julho de 2009, na mesma hora do dia do ataque.

Estes elefantes primeiro atacaram uma máquina de triturar pedra, de propriedade de um dos principais líderes do movimento perseguidor. Em seguida, passaram a destruir sua casa e fazendas. Centenas de aldeões foram obrigados a se refugiar em acampamentos no estado indiano de Orissa, após repetidos ataques de uma manada de elefantes.

Nas últimas semanas sete pessoas foram mortas e várias outras ficaram feridas em ataques perpetrados por um rebanho de 12-13 elefantes, no distrito de Kandhamal.

Mais de 2.500 pessoas que vivem em 45 vilarejos foram afetadas pelos ataques, afirmou o chefe distrital Krishen Kumar.

Não é claro, contudo, por que essa manada de elefantes tem migrado do refúgio animal de Lakheri, em um distrito vizinho. Kumar disse que o rebanho tinha percorrido cerca de 300 km até Kandhamal, e inclusive penetrou numa cidade do distrito. Funcionarios especialzados em animais selvagens têm acampado no local dos ataques, tentando descobrir por que os elefantes saíram do seu santuário. Os moradores dizem que os elefantes atacam suas áreas em manadas, causando grande destruição.

Ganhando impulso, eles invadiram outras casas de famílias não-cristãs, demolindo hortas, em particular das casas dos perseguidores, e deixando intocados os lares cristãos.

Estes estranhos ataques têm-se espalhado, e de acordo com um relatório, os elefantes já tem destruido mais de 700 casas em 30 aldeias, e matado a cinco pessoas. Ninguém nesta área tinha jamais visto ou sequer imaginado a singular aparição de uma manada de elefantes selvagens como estes. Os elefantes não são elefantes normais; eles parecem estar cumprindo uma missão.


Geralmente, primeiro os elefantes menores ingressam numa aldeia, parecendo fazer um reconhecimento da comunidade. Voltam então ao rebanho maior, e logo segue a vez dos elefantes maiores, que deixam o trabalho feito.

O "ministro associado" da Índia, afirmou: "Nós achamos que isto pode ter algo a ver com uma vingança do sangue dos mártires". De fato, o temor de Deus baixou sobre o povo local, que têm chamado estes elefantes de "elefantes cristãos".

Com pouca ajuda vinda da administração, os moradores tem feito bloqueios de estradas. "Os elefantes destruíram plantações e casas selecionadas. Mas os funcionários também expressam desamparo". Não há um habitat permanente de elefantes em Sundargarh. Eles vêm de Bihar, Chhattisgarh e Jharkhand, onde seus habitats tem se reduzido. Mas não está claro como e por que esses elefantes chegram até Orissa.

Fonte:
http://www.archdioceseofcolombo.com/news.php?id=851

domingo, 29 de novembro de 2009

Climagate

Marcelo Leite

E-mails roubados por hackers revelam que cientistas não são santos

A uma semana da conferência sobre mudança do clima em Copenhague, os "céticos" do aquecimento global marcaram um tento. Conseguiram meter uma cunha na credibilidade dos que defendem que ele é uma realidade e que a ação do homem ("antropogênica") é decisiva para agravar o efeito estufa.

O caso já ganhou apelido: "climagate". Hackers não identificados puseram na rede cerca de mil mensagens de e-mail e uns 3.000 documentos surrupiados de um servidor da Unidade de Pesquisa do Clima (CRU, em inglês) da Universidade de East Anglia, Reino Unido. Alguns deles realmente são, ou soam, comprometedores.

Os documentos que vieram à tona, até agora, não parecem comprovar nenhuma conspiração para passar por verdadeiros dados falsos sobre o aquecimento global antropogênico. Mas mostram que alguns adversários dos céticos não são santos.

A suspeita inicial mais grave era de manipulação de dados. Concentrava-se numa frase de Phil Jones, do CRU: "Acabei de finalizar o truque de Mike [Michael Mann] na [revista] "Nature" de acrescentar as temperaturas reais a cada série para os últimos 20 anos (isto é, de 1981 em diante) e desde 1961 para as de Keith [Briffa] a fim de esconder o declínio".

Que soa como manipulação de dados, soa. Mas as explicações sobre o contexto da frase também soam plausíveis. O blog de climatologistas pró-aquecimento RealClimate diz que se trata de compatibilizar dados de diferentes fontes (geleiras, densidade de anéis de crescimento de árvores, medidas reais etc.).

As estimativas de temperatura obtidas indiretamente por Briffa a partir das árvores divergem do registro de temperaturas reais medidas nas décadas recentes, e por isso o próprio autor recomenda que não sejam usadas. O "truque" seria só um ajuste, alegam seus defensores no RealClimate, embora sua composição com o verbo "esconder" seja para lá de suspeita.

É preciso ser ingênuo, ou ignorante de como a pesquisa científica de fato funciona, para enxergar aí um pecado mortal. Em todas as áreas de investigação pesquisadores escolhem e apresentam os dados mais favoráveis para sua tese. Criminoso seria só se escondessem medidas e informações capazes de contradizer sua conclusão (e os dados de Briffa foram publicados).

Outras mensagens indicam que os adversários dos céticos se organizavam para fechar-lhes as portas dos periódicos científicos, ao mesmo tempo em que acusavam o inimigo de não conseguir publicar artigos nas revistas reconhecidas. Feio, não é?

Ninguém consegue enganar todo mundo o tempo todo, porém. Bons estudos sempre acabam editados, mesmo que contrários ao paradigma dominante. Em especial se vierem lastreados em medidas e explicações sólidas. E está aí a internet para não deixar ninguém órfão.

De todo modo, é bom seguir o conselho da economista Megan McArdle em seu blog no sítio da revista "The Atlantic": tomar com um grão a mais de sal, de ora em diante, o argumento "ausência de publicações". Bem mais grave é outra suposta mensagem de Jones pedindo a Mann que apagasse e-mails objeto de um pedido formal de divulgação dos céticos, por meio da legislação britânica de acesso a informação. Não está claro ainda se as mensagens foram de fato deletadas, o que seria crime.

O simples fato de alguém se sentir à vontade para fazer um pedido desses por escrito sugere que os envolvidos de fato têm algo a esconder. Como, de resto, todos aqueles que acreditamos em sigilo de correspondência.

Fonte: Folha de São Paulo, domingo, 29 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

Infanticídio indígena: a tragédia silenciada



Você sabia que, em várias tribos indígenas no Brasil, crianças recém-nascidas são enterradas vivas, estranguladas, ou simplesmente deixadas na mata para morrer?

Você sabia que a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) está de acordo com essa prática nefanda, em nome do respeito à “cultura indígena”?

Você sabia que o CIMI (Conselho Indigenista Missionário da Igreja Católica) concorda com a atitude da FUNAI e se recusa a ajudar os índios a abandonar tais práticas?

As denúncias são muitas, os fatos são facilmente verificáveis, a verdade está aí diante de todos. Só os que se cegaram voluntariamente não a podem — ou não querem — ver. Muitos dos próprios índios já se opõem ao morticínio. Entretanto, a FUNAI e o CIMI ignoram suas vozes e são contra um projeto de lei que visa acabar com o infanticídio.

O livro eletrônico Infanticídio indígena no Brasil –– a tragédia silenciada, da lavra de Raymond de Souza, visa alertar os brasileiros, as autoridades civis e especialmente religiosas, para que façam um compromisso com a “cultura da vida” e se empenhem para que acabe de uma vez o infanticídio em nossas tribos indígenas.

Para fazer o download gratuito do livro, visite o site:
http://SaintGabriel-International.com/infanticidio.htm

Infanticídio indígena no Brasil –– a tragédia silenciada termina com um apelo ao Papa Bento XVI, pedindo sua intervenção junto aos bispos do Brasil, a fim de que ajam em conjunto para extinguir de uma vez esse crime, que brada aos Céus: o assassinato de crianças recém-nascidas, sob o olhar cúmplice do Conselho Indigenista Missionário, da CNBB.

A obra respeitosamente lembra ao Sumo Pontífice que, há 121 anos, o Papa Leão XIII dirigiu-se aos bispos brasileiros a fim de que trabalhassem em conjunto para terminar a escravidão. Os bispos ouviram o Papa, e a princesa Isabel assinou a Lei Áurea.

Chegou a hora de falar para terminar o morticínio!

Segundo Raymond de Souza:

1) Uma nova ideologia de desrespeito à Constituição do País — a qual garante o direito à vida de todos os brasileiros, inclusive o das crianças índias recém-nascidas — está sendo defendida pela FUNAI, com toda a impunidade;

2) Entre os missionários do CIMI, uma nova religião está sendo promovida, defendendo o paganismo, a superstição, a barbárie e o infanticídio como se fossem expressões culturais autênticas, dignas de um missionário cristão;

3) A Lei natural não conta, os Dez Mandamentos não contam, a grande missão que Jesus Cristo outorgou à Igreja, de ensinar e batizar, não conta;

4) Entrementes, sob o pretexto de procurar manter a “cultura indígena”, milhares de crianças inocentes são assassinadas.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Menino volta à vida após 30 minutos debaixo d'água e um mês em coma

EFE - VIENA - Um menino de 11 anos voltou à vida após passar quase 30 minutos debaixo d'água e um mês em coma, um fenômeno que os médicos que o atenderam qualificam de "milagroso", pelos sinais de rápida e boa recuperação do jovem paciente.

A informação foi divulgada pela rádio e pela televisão púbica austríaca "ORF". O menino, chamado Paul, sofreu um grave acidente no dia 28 de agosto no lago Milstätter See, no estado de Caríntia, no sul da Áustria, ao não obedecer a proibição de nadar na região logo abaixo de um trampolim.

Outra criança, de 13 anos, saltou nesse momento de um dos trampolins e caiu em cima de Paul, que perdeu imediatamente a consciência e afundou a sete metros de profundidade.

Do momento em que afundou até a hora do resgate, o menino ficou por cerca de 30 minutos embaixo d'água. Após sua reanimação, ele foi internado no hospital da cidade austríaca de Klagenfurt, onde permaneceu durante quatro semanas em coma.

O médico Martin Edlinger, chefe do departamento de terapia intensiva do hospital, destacou que o normal é considerar que as possibilidades de sobrevivência são mínimas após 30 minutos debaixo d'água, já que permanecer por apenas poucos minutos sem oxigênio causa graves e irreversíveis danos cerebrais.

No entanto, no final de setembro, o menino acordou e para a surpresa de todos os presentes reconheceu imediatamente seu entorno, explicou Edlinger. "Pronunciou as primeiras palavras, nos reconheceu, nos olhou e chorou", disse o médico, em declarações à "ORF".

Desde então, o menino se recupera com rapidez em uma clínica de reabilitação, e tudo indica que voltará a ser completamente saudável.

Os médicos explicam o "milagre" como consequência da forma imediata da qual afundou e ficou inconsciente.

"Com isso utilizou menos oxigênio, e o cérebro não ficou danificado", afirmou Edlinger, que também destacou o papel da mãe do menino, que permaneceu o tempo todo a seu lado.

"Não se afastou dele nem um minuto. Isto foi uma ajuda essencial para nós", reconheceu o médico.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pérolas do vestibular

* Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio.

* O nervo ótico transmite idéias luminosas.

* O vento é uma imensa quantidade de ar.

* O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.

* Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.

* Péricles foi o principal ditador da democracia grega.

* O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades.

* O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d’água.

* A principal função da raiz é se enterrar.

* A igreja vem perdendo muita clientela.

* O Sol nos dá luz, calor e turistas.

* As aves têm na boca um dente chamado bico.

* A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário.

* Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.

* A harpa é uma rosa que toca.

* A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.

* Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem por duas vezes.

* O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia.

* Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado.

* A insônia consiste em dormir ao contrário.

* A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais.

* A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do país.

* O Chile é um país muito alto e magro.

* As múmias tinham um profundo conhecimento de Anatomia.

* O batismo é uma espécie de detergente do pecado original.

* Na Grécia, a democracia funcionava muito bem, porque os que não estavam de acordo, se envenenavam.

* A prosopopéia é o começo de uma epopéia.

* Os crustáceos fora d’água respiram como podem.

* Os hermafroditas nascem unidos pelo corpo.

* As glândulas salivares só trabalham quando a gente têm vontade de cuspir.

* A fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos.

* Os estuários e os deltas foram os primeiros habitantes da Mesopotâmia.

* O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas.

* A Previdência Social assegura o direito à enfermidade coletiva.

* O Ateísmo é uma religião anônima.

* A respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de três minutos.

* O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo.

* Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto.

* Caracteres sexuais secundários são as modificações morfológicas sofridas por um indivíduo após manter relações sexuais.
(Colaboração da leitora Zoraida Gazal Ale.)

Mais pérolas...

Redação

* Sobrevivência de um aborto vivo (título).

* O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório.

* O maior matrimônio do país é a Educação.

* Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de famigerados que almenta (sic).

* Os analfabetos nunca tiveram chance de voltar à escola.

* O bem star (sic) dos abtantes endependente (sic) de roça, religião, sexo e vegetarianos, está preocudan-do-nos.

* É preciso melhorar as indiferenças sociais e promover o saneamento de muitas pessoas.

* Também preoculpa (sic) o avanço regesssivo da violência.

* Segundo Darcy Gonçalves (Darcy Ribeiro) e o juiz Nicolau de Melo Neto (Nicolau dos Santos Neto).

* E o presidente onde está? Certamente em sua cadeira, fumando baseado e conversando com o presidente dos EUA.
História

* O hino nacional francês se chama La Mayonèse...

* Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado.

* Resposta a uma pergunta: "Não cei".

* Entres os índios de América, destacam-se os aztecas, os incas, os pirineus, etc.

* A História se divide em 4: Antiga, Média, Moderna e Momentânea (esta, a dos nossos dias).

* Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.

* Resposta à pergunta: "Que entende por helenização?": "Não entendo nada".

* No começo os índios eram muito atrazados mas com o tempo foram se sifilizando.

* Entre os povos orientais os casamentos eram feitos "no escuro" e os noivos só se conheciam na hora h.

* Então o governo precisou contratar oficiais para fortalecer o exército da marinha.

* Em homenagem a Gutenberg, fizeram na Alemanha uma estátua, tirando uma folha do prelo, com os dizeres: "e a luz foi iluminada".

* No tempo colonial o Brasil só dependia do café e de outros produtos extremamente vegetarianos.
Geografia

* A capital de Portugal é Luiz Boa.

* A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.

* O Brasil é um país muito aguado pela chuva.

* Na América do Norte tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro cimentadas.

* Oceano é onde nasce o Sol; onde ele nasce é o nascente e onde desce decente.

* Na América Central há países como a República do Minicana.

* A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo.

* As constelações servem para esclarecer a noite.

* As principais cidades da América do Norte são Argentina e Estados Unidos.

* Expansivas são as pessoas tangarelas.

* O clima de São Paulo é assim: quando faz frio é inverno; quando faz calor é verão; quando tem flores é primavera; quando tem frutas é outono e quando chove é inundação.

* Os plantetas são 9: Mercúrio, Venus,Terra, Marte. Os outros 5 eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, o sr. não vai esperar eu lembrar, vai? (e espero que não vai abaixar a nota por causa disso).
(Colaboração do leitor Márcio Werneck.)

E ainda mais pérolas..

* "(...) quanto à opinião pública, podemos dizer que ela é mutável. Por exemplo: na hora do parto, a mulher pode optar pelo aborto."

* "A comunicação é importante porque comunica algo entre duas ou mais pessoas que querem se comunicar"

* "O Press release tem esse nome porque realiza as coisas com pressa".

* "O problema da comunicação social no Brasil é que ela é dirigida por brasileiros, deveríamos trazer os americanos.

* "O endomarketing é como se fosse o marketing endovenoso."
* "Eu acho que a resposta é não. Como o professor deve ter pensado numa armadilha, respondo que é sim.

* "O público mixto é composto por aquelas pessoas que entram e saem da empresa. Ou seja nunca estão totalmente dentro, nem totalmente fora."

* "(a questão dizia que a afirmativa era CORRETA, pedia a justificativa somente). "Disconcordo com a questão. Ela não pode ser positiva. Nunca fiz prova que o professor dissesse que era afirmativa uma questão. Deve ser uma pegadinha, tipo do Faustão.

* "A comunicassão social e feita de mim para voçês"

* "A televisão é influenciativa em nossas vidas. Quantas vezes não compramos um tênis porque vemos na TV? A programação deveria ser mais educante(...)".

* "A empresa e o público ixterno caminhão juntos, incluindo aí a emprensa."
* "O proficional de comunicação tem um mercado bundante a sua disposição, afinal, todos se comunicam na terra(...)".

* "O ruído realmente atrapalha muito a comunicação. Aqui na universidade fico atordoado quando passa o trem, quase não ouço o professor. As salas deveriam ser à prova de som".

* "O fidibeque é a mesma coisa que a retroinformação, ou seja a informação que vem por trás."

* "A comunicação é uma junção da verdade com a falsidade, afinal fofoca é uma coisa feia e é comunicação".

* "Faço comunicação porque acho importante ser comunicadora, mas não acho importante ler jornal (suja a mão), nem ficar em casa vendo TV. Acho melhor me comunicar entre si."

* "A comunicação é moderna porque usa modernidades da atualidade."
* "Os principais meios utilizados pelas comunicação são: meios orais (que são falados), meios auditivos (que são ouvidos) e mais tácteis (que são sentidos)."

* "A comunicação é de massa porque precisamos utilizar a massa cinzenta para compreendê-la".

* "Marketing em português é mercado, marketing pessoal, portanto é o mercado que freqüentamos."

* "Ao utilizarmos a comunicação nos comunicamos."

* "Se a comunicação é pessoal, envolvendo o emissor e o receptor, como podemos pensar em comunicação empresarial? A empresa se expressa por si só?"

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Fora! Zelaya

Envie mensagem de protesto ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil

Fora Zelaya! V. está em nossa embaixada em Tegucigalpa não para resolver a crise de seu país pelas vias institucionais, mas para, com a cumplicidade de nosso governo, impor a Honduras uma rendição ao chavismo.

Fora Zelaya! Nossos compatriotas não querem ser envolvidos em conflitos que eles nunca buscaram, apenas porque o fanatismo ideológico de nossa diplomacia, para atender aos desígnios de Hugo Chávez, decidiu permitir que nossa embaixada fosse o quartel-general para organizar sua insurreição.

Fora Zelaya! É urgente que v. abandone o prédio de nossa embaixada e se entregue às autoridades do seu país para ser julgado pelos crimes de que é acusado e deixe de contar com a proteção de nosso governo para acobertar a ilegalidade.

Envie mensagem de protesto ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil

Fora Zelaya! Honduras necessita de paz e de respeito à sua soberania e não de gritos de guerra partidos da embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Fora Zelaya! É urgente que V. abandone a embaixada brasileira e deixe de fazer dela o quartel-general de onde lança seus apelos a uma insurreição que pode conduzir a uma luta fratricida entre hondurenhos.

Fora Zelaya! V. tem o apoio de nossa diplomacia, cooptada pelo chavismo, mas não de nosso povo, conservador e cristão, que deseja a harmonia política e social e o bom entendimento entre os povos irmãos da América Latina.

Envie mensagem de protesto ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil

Fora Zelaya! É importante que Honduras, o Brasil e toda a América Latina fiquem a salvo das intrigas, das ameças, das incursões e de uma eventual hegemonia do “socialismo do século XXI”. Por isso saia logo de nossa embaixada.


Fora Zelaya! Sua presença em nossa embaixada, com a cumplicidade de nossa diplomacia, é uma ofensa a nosso povo, tradicionalmente pacato e avesso às ideologias de esquerda, que tantos confrontos, misérias e dores já causaram no mundo.

Fora Zelaya! Hugo Chávez, o caudilho venezuelano, se vangloria de o ter introduzido clandestinamente em Honduras e recomendado que se abrigasse em nossa embaixada, para daí iniciar um movimento de insurreição. Infelizmente nossa diplomacia se prestou a isso, mas nós os brasileiros somos totalmente contrários ao que aconteceu.

Fora Zelaya! Nós brasileiros sabemos perfeitamente que, primeiro, V. violou uma cláusula pétrea, o artigo 239 da Constituição de Honduras, quando tentou convocar um plebiscito para permitir-lhe eternizar no poder, numa manobra "chavista" ou bolivariana, e por isso foi deposto. V. não foi vítima de um golpe como alguns pretendem convencer a opinião mundial, mas foi deposto.

Fora Zelaya! Ainda é tempo de evitar um derramamento de sangue em sua pátria. Não desejamos ser o estopim e cúmplices de uma guerra civil em Honduras que poderá, depois, estender-se aos países vizinhos.

Fora! do Brasil, fora! de nossa Embaixada!
Fora!... Fora!...

Envie mensagem de protesto ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Kerenskismo obamista-lulista e Honduras: “eixo da moderação” a serviço do “eixo do mal”

Armando Valladares


Agência Destaque Internacional - O Palácio do Itamaraty, a chancelaria brasileira outrora reconhecida por sua habilidade, tato e inteligência, contribuindo para criar um inédito “governo paralelo” pró-chavista em sua embaixada em Tegucigalpa, empurrou o “moderado” presidente Lula no olho de um imprevisível furacão, o qual, diante de Deus e da História, o torna responsável direto pelo que possa acontecer em Honduras.

O Palácio do Itamarary, a chancelaria do “moderado” presidente do Brasil, Sr. Lula da Silva, ao autorizar o ingresso em sua embaixada em Tegucigalpa do deposto presidente pró-chavista Zelaya como “hóspede” e não como “exilado”, se evolveu nos assuntos internos de Honduras da maneira mais brutal e menos diplomática possível. Contribuiu dessa maneira para criar em Honduras um inédito “governo paralelo” pró-chavista, sob o amparo da extra-territorialidade.

Tal como advertem analistas brasileiros, a diplomacia do Itamaraty, outrora reconhecida por sua habilidade, tato e inteligência, acaba de empurrar Lula, talvez inadvertidamente, para o olho de um imprevisível furacão que pode afetar o perfil de “moderação”, “conciliação”, “diálogo” e “espírito democrático” que esteve esgrimindo nos últimos anos. E, sobretudo, o torna responsável direto, diante de Deus e da História, pelo que possa acontecer em Honduras.

De fato, intervindo dessa maneira nos assuntos internos de Honduras, a diplomacia do Itamaraty passa a assumir a culpa direta pelas conseqüências de sua decisão de usar sua embaixada para hospedar o presidente deposto e criar um “governo paralelo”; responsável, inclusive, por atos de violência e até de sangue que possam ocorrer.

O deposto presidente Zelaya dedicou-se a usar o recinto diplomático para discursar para seus seguidores, contribuindo para criar no país uma situação explosiva. O próprio presidente brasileiro, talvez percebendo de que maneira foi colocado no olho de um furacão por sua própria chancelaria, pediu a Zelaya, desde New York, onde assistiu à inauguração da Assembléia Geral da ONU, que moderasse sua linguagem. E também exigiu o respeito da extra-territorialidade de sua sede diplomática em Honduras, no mesmo momento em que o Itamaraty viola dessa maneira normas internacionais elementares.

Com maior ênfase ainda que a colocada para insistir sobre o levantamento do “embargo” ao regime comunista de Cuba, a chancelaria brasileira monta um historicamente inédito “embargo” contra o povo hondurenho que não deseja cair no abismo chavista. No momento em que escrevo estas linhas, o presidente Lula propôs uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, para tratar de uma delicada situação que sua própria diplomacia, tão pouco diplomaticamente, contribuiu decisivamente para criar. Falta somente que a representante do Brasil na ONU peça uma intervenção militar em Honduras.

Como advertiu desde as páginas do influente O Estado de São Paulo, o analista político brasileiro Roberto Lameirinhas, a volta de Zelaya, rodeado de um “show midiático”, na realidade vai “ampliar a fratura social hondurenha” e os que apostaram no retorno do deposto presidente “parecem apostar em uma popularidade que na realidade ele não tem”, assim como em uma suposta “disposição revolucionária” da população hondurenha que não existe.

Sem dúvida, a conta de perdas humanas, sociais e econômicas está sendo paga pelo povo hondurenho, sujeito a uma incompreensão internacional talvez inédita na História. Porém, a conta política, perante Deus e a História, no caso em que Honduras seja brutalmente arrastada ao abismo chavista, será o próprio governo brasileiro, seu atual presidente e sua diplomacia os que terão que pagá-la em boa medida.

Se hoje, na América do Norte, o kerenskismo favorecedor das esquerdas está representado pelo presidente Obama, tal como mostrei em recente artigo publicado por El Heraldo de Honduras, na América do Sul o kerenskismo talvez esteja encarnado prototipicamente no presidente Lula, do Brasil, a quem Obama, durante a Cúpula das Américas, qualificou como “o cara”.

Se Cuba comunista sobrevive até hoje, em boa medida isso se deve, talvez ainda mais que o apoio de Chávez, ao colossal sustento político, diplomático e econômico do kerenskismo lulista.

Se Chávez chegou até onde chegou, é porque em boa medida o kerenskismo lulista, sempre alegando moderação, espírito de diálogo e necessidade de contemporização, lhe deu sua anuência e o apoiou publicamente nos momentos de mais dificuldade interna, contribuindo para desmoralizar a oposição venezuelana.

Se os governos populistas-indigenistas da Bolívia e Equador estão efetuando os atuais atos de vandalismo, contribuindo para a auto-demolição social, política e moral de ambos os países, isso também se deve ao kerenskismo lulista que lhes proporcionou um respaldo decisivo em matéria política e econômica.

Se as pressões internacionais contra Honduras chegaram ao ponto a que chegaram, isso se deve às articulações do neo-imperialismo kerenskiano lulista que, por trás dos bastidores, e até na frente deles, sem o menor pudor, dedicou-se a pressionar o governo norte-americano para asfixiar essa pequena grande nação que os partidários da liberdade no mundo inteiro qualificam justamente como um pequeno grande Davi do século XXI.

O “moderado” presidente brasileiro integra junto com o presidente Obama um “eixo da moderação” que objetivamente, e independentemente das intenções de seus protagonistas, está a serviço do “eixo do mal” chavista e permite, com seu espírito concessivo, que o “eixo do mal” avance.

Há quase 7 anos, em 8 de outubro de 2002, no conhecido programa televisivo do jornalista Boris Casoy, o então candidato presidencial Lula da Silva me chamou de “picareta de Miami”, porque eu havia contribuído a denunciar em uma série de artigos, de uma maneira documentada e invariavelmente respeitosa, o vergonhoso apoio de Lula a Cuba comunista e sua política em favor do “eixo do mal” latino-americano. Na ocasião, na falta de argumentos, Lula respondeu com uma brusca mudança de tom.

A política externa do Itamaraty, durante os dois períodos do presidente Lula à frente do governo do Brasil, foi confirmando essas apreensões. Hoje, com a precipitação da aventura hondurenha, a diplomacia brasileira não fez senão confirmar essas apreensões.

É hora de proclamar as verdades que doem aos Golias contemporâneos, em voz alta, claramente, argumentando e dando provas irrefutáveis, tudo isso feito de uma maneira invariavelmente educada e respeitosa. Usei palavras sem dúvida alguma fortes, porém penso que elas são proporcionais à gravidade da situação, e foram sempre respeitosas.

Em declarações recentes ao Washington Post, o embaixador Jeffrey Davidow, alto assessor do presidente Obama, reconheceu que na América Latina de hoje um perigo maior que o militarismo é o populismo do tipo chavista. O embaixador Davidow disse uma meia-verdade. De fato, sob vários pontos de vista o maior perigo é o “kerenskismo”, que prepara o caminho para o populismo, o indigenismo e outros “ismos” pós-modernos que estão tomando o lugar do comunismo clássico.

A heróica resistência do povo hondurenho negando-se a pôr o “uniforme” zalaysta-chavista, apesar das brutais pressões de dirigentes internacionais, me lembra a epopéia de um punhado de presos-políticos cubanos que, em que pese os brutais golpes e torturas, negou-se durante anos a se vestir com o “uniforme” de presos comuns. O tirano Castro não pôde dobrá-los e passaram para a História como os “presos resistentes”.

Que a Divina Providência proteja Honduras “resistente”, que se recusa a pôr o “uniforme” chavista e continue lhe dando forças e inspiração para resistir, da mesma maneira como Davi resistiu e se defendeu contra Golias.

*Armando Valladares, ex-preso-político cubano “resistente”, foi embaixador dos Estados Unidos na Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, durante as administrações Reagan e Bush. Acaba de receber em Roma um importante prêmio de jornalismo por seus artigos em favor da liberdade em Cuba e no mundo inteiro.

Tradução: Graça Salgueiro

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pais franceses dispensam a escola e educam os filhos em casa

Martine Laronche
Tradução: Eloise De Vylder

LE MONDE: Quinta-feira, 3 de setembro, os três filhos de Axelle Rousse não pegaram o caminho para a escola. Eles não arrumaram a mochila, nem estão inquietos para saber se sua professora será simpática ou severa. Eles ficaram em casa, no vilarejo de Crésangignes (Aube), a cerca de vinte quilômetros de Toryes. Eles fazem parte dos cerca de três mil estudantes franceses de 6 a 16 anos cujos pais optaram pela educação em casa.

Instalados num pequeno escritório adjacente à sala de estar, Solveig, 10 anos, Eulalie, 8 anos, e Adriel, 5 anos e meio, concentravam-se nos exercícios preparados na véspera por sua mãe. "Tento acordá-los em torno das 8h para que eles comecem a trabalhar às 9h", explica a senhora Rousse. Tranquila, ela responde às perguntas dos filhos maiores, enquanto ajuda Viera, a pequena caçula de quase dois anos, a colocar miçangas num fio.

Licenciada em musicologia, a jovem mulher, que dava aulas de iniciação musical, parou de trabalhar com o nascimento de sua filha mais velha. Em 2006, ela resolveu virar professora. "Depois de seu primeiro ano de curso preparatório [alfabetização], Solveig não era mais a mesma", diz ela. "Ela havia perdido a alegria. Na classe, ela quebrava os lápis e borrachas. A professora era simpática, mas a escola não soube responder à sua curiosidade, sua necessidade de imaginação e de calma."

Quando Axelle considerou a possibilidade de tirar sua filha da escola, seu marido, professor de uma escola técnica, foi a princípio reticente. "É difícil sair do esquema", reconheceu. "É preciso assumir a reação e o olhar dos outros. Mas não me recordo de ninguém que tenha visto mal."

Hoje, para Solveig, a escola não passa de uma lembrança ruim. "A mamãe, ela explica muitas vezes quando eu não entendo, e ela nos dá atividades que parecem brincadeiras", diz ela. "Na escola, tinha muito barulho". Este ano, sua mãe inovou com um método americano que descobriu num fórum de discussões. Cada criança dispõe de dez gavetas numeradas e, dentro de cada uma delas, uma atividade que não ultrapassa vinte minutos.

O dia de aula dura em média três horas e acaba ao meio-dia. Se as crianças param antes, retomam no começo da tarde. Todas as noites, Axele preenche as trinta gavetas. "Tento levar em conta os gostos deles, sabendo que eles não podem ter somente atividades que lhes deem prazer."

Sortudo, Adriel acaba de encontrar na gaveta número três um modelo de Lego para reproduzir. Solveig escreve uma carta para sua colega canadense, enquanto Eulalie preenche seu caderno de inglês. Para facilitar seu trabalho de preparação, Axelle escolheu um "pacote família" num site de apoio escolar online que dá a ela acesso aos cursos de todas as matérias, do ensino fundamental ao colegial. A cada quinze dias, ela vai ao Centro de Documentação Pedagógica de Troyers, "uma mina de ouro".

Ao contrário da ideia corrente, não foi a escola, mas sim a instrução que Jules Ferry [ministro da Educação da França] tornou obrigatória em 1882. Para ensinar em casa, é suficiente, à cada início de ano escolar, fazer uma declaração ao prefeito da cidade e ao inspetor de ensino. O fenômeno ainda é marginal, mas tende a crescer. Segundo o ministério nacional da Educação, 3.240 crianças de 6 a 16 anos foram instruídas em casa por escolha de suas famílias em 2007-2008, um aumento de várias centenas de alunos em relação ao estudo precedente, conduzido em 2000-2001. Entre esses alunos, 1.380 trabalhavam com a ajuda de um órgão de educação à distância, público como o CNED [Centro Nacional de Ensino à Distância], ou privado, e 1.860 sem ajuda.

Esses números não levam em conta cerca de 10 mil crianças que são escolarizadas em casa por motivos médicos, deficiências, distância geográfica ou cujos pais são itinerantes, e que se beneficiam gratuitamente do CNED.

Quem são esses pais que fazem a escolha de ensinar seus próprios filhos? "Famílias com concepções muito pessoais da educação, ou nas quais as crianças sofrem de problemas como fobias escolares, ou ainda pais cuja profissão não se ajusta aos horários da escola", indica Gérard Duty, inspetor escolar encarregado da educação primária em Paris.

Elisabeth Walter, que escreve uma tese sobre o assunto, distingue dois tipos de famílias: "Aquelas que nunca colocaram seus filhos na escola, e aquelas que decidiram tirá-los dela". Para as primeiras, trata-se de uma escolha geral de vida. As mães são mais adeptas da maternidade. Elas favorecem o contato com seus filhos, carregando os bebês em lenços ao redor do corpo, estendendo o aleitamento e dormindo ao lado dos bebês. Já as segundas, tiram seus filhos da escola porque não dá certo, a criança sofre.

"Com frequência, as famílias que praticam a instrução em casa vêm de meios favorecidos culturalmente, mas não necessariamente socialmente. Existem desempregados que fazem a escola em casa", acrescenta Elisabeth Walter, também fundadora da associação Libres d'apprendre et d'instruire autrement (LAIA) [algo como Livres para Aprender e Instruir de Outra Forma].

Marie, mãe de Adrien, 9 anos (os nomes foram mudados), tirou seu filho da escola durante a 1ª série depois de uma alfabetização já muito difícil. "Ele tinha pesadelos à noite, tinha medo de esquecer coisas em sua mochila", lembra-se. No ano seguinte, ele gritava e segurava na mesa da cozinha para não ir à escola. Hoje, Marie é muito crítica. "As crianças não vão para a escola pelo prazer de aprender, elas vão pelos amigos. Sem seus colegas de classe, elas se recusariam a ir". O pai de Adrien, do qual ela é separada, era contra a escolarização em casa. Ele finalmente aceitou, com a condição que o menino fosse matriculado num curso por correspondência.

"A escola acaba sendo um pouco violenta. Se não nos defendemos, seremos a ovelha negra", considera Adrien, muito à vontade. "E depois, na escola, temos uma professora para trinta crianças. Levamos um dia inteiro para fazer o que fazemos em duas ou três horas em casa. Eu posso ir ao museu, sair depois do almoço". Ele não sente falta dos colegas? "Tenho novos amigos, bem mais simpáticos, menos violentos, mais calmos."

E como fica a socialização? Claudia Renau, professora de geografia e mãe de três meninas de nove, sete e quatro anos, foi reticente à ideia de transformar sua casa em escola. Foi seu marido que a convenceu. "Eu não me via privando minhas filhas da socialização de um grande grupo que permite, através dos jogos coletivos, que a criança se adapte a regras de vida que elas não necessariamente escolheram". Ela superou a dificuldade organizando saídas e múltiplas atividades dirigidas a crianças que não vão à escola: oficinas de circo, trabalhos manuais, visitas a museus, jogos ao ar livre... "Se os pais deem atenção para que os filhos tenham uma vida social com outros referenciais adultos, não há nenhuma outra razão para que eles desenvolvam nenhuma patologia", assegura Nicole Catheline, psiquiatra. "Podemos socializar fora da escola, com a família, os primos, ou através de atividades esportivas e culturais."

Na casa de Claudia Renau, as meninas aprendem de acordo com sua vontade e sua curiosidade. "Não estamos numa corrida com vistas para o vestibular", explica ela. "Mas não excluímos a possibilidade de matriculá-las no CNED a partir do segundo grau ou que elas reintegrem um estabelecimento escolar nesse estágio".

Quais estudos, quais carreiras escolhem as crianças escolarizadas em casa? Océane, 16 anos, está na faculdade de Biologia depois de ter passado o bachalerado S [exame equivalente ao Enem] como candidata livre. Por outro lado, seu irmão Hugo, 18 anos, fracassou no exame. Ele fará novamente no ano que vem e pensa em entrar numa escola de desenho. "Nós sabemos por que", explica a mãe, Valérie Vincent, jornalista por formação. "Ela adotou uma liberdade de tom que não agradou, enquanto sua irmã havia revisto os exames anteriores."

Uma enquete, feita por iniciativa da associação pela liberdade de instrução Les Enfants d'Abord, detalha o percurso de cerca de vinte jovens entre 18 e 26 anos. Alguns não têm nenhum diploma e exercem profissões artísticas, cerca de um quarto fez estudos superiores, com mais frequência a universidade. Outros buscaram formações de webmaster, marceneiro, mecânico, agricultor...

Temendo desvios sectários e maus tratos, preocupado em unificar o ensino, o Estado, há dez anos, reforçou o controle das crianças instruídas em família, para a grande irritação dos pais. A lei de 18 de dezembro de 1998 dá prioridade à escola e as crianças são alvo de uma enquete social a cada dois anos e de um controle anual dos conhecimentos por um inspetor nacional de educação. Muito poucas crianças são obrigação a voltarem para a escola. "Somente 45 crianças tiveram que reintegrar uma escola depois dos controles efetuados durante o ano escolar 2007-2008", assegura o ministério da Educação.

Em 5 de março, um decreto impôs que as crianças instruídas em casa deveriam dominar, ao final da escolaridade, a base comum de conhecimentos e de competências previstas pela lei sobre a escola de abril de 2005. "A instrução em família é considerada uma sub-escolha" lamenta-se Valérie Vincent. "Nós não temos mais uma liberdade real para ensinar". O ministério da Educação se defende: "O que os inspetores escolares precisam controlar é o progresso da criança em relação à escolha pedagógica da família."

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Criacionismo versus Evolucionismo - Entrevista concedida pela Lepanto

Entrevista que a Frente Universitária e Estudantil Lepanto concedeu à repórter Tatiana Sabadini do Correio Brasiliense, em junho deste ano, para auxiliar em sua matéria sobre o tema Criacionismo versus Evolucionismo. Segue abaixo nossas respostas para conhecimento dos leitores.

Para ler a matéria publicada pela repórter, acesse:
https://www.correioweb.com.br/

OBS: Não há, no artigo publicado, nenhum dos nossos argumentos.

Tatiana Sabadini: A discussão entre criacionismo e evolucionismo é antiga. Por que para a sociedade científica é tão difícil aceitar as idéias criacionistas?

Lepanto: Trata-se de um preconceito. Com o avanço da ciência, sobretudo na área da biologia, bioquímica, da genética, e diversas outras, inúmeros são os cientistas, das mais famosas universidades do mundo, que já não aceitam o darwinismo, ou pelo menos muitos de seus pressupostos. É claro. Darwin não conhecia o DNA; ele não conhecia muitas das organelas celulares que hoje até uma criança pode ter acesso.

Mas não é só isso. Como que por definição, o darwinismo não pode ser considerado científico. Por quê? Porque ele não parte da observação da realidade para depois chegar a uma conclusão. A raiz do evolucionismo está em uma elucubração que sustenta que a partir de pequenas alterações (mutações) passamos da "não-vida" para a "vida inteligente" e que o princípio primordial dessas mudanças é a sobrevivência do mais forte. Isso através de sucessivas etapas que nunca foram cientificamente demonstradas.

Muitos são os cientistas que, querendo aprofundar o evolucionismo, acabaram por mudar de posição. É o caso, por exemplo, do Professor Michael Behe phD, da Universidade de Lehigh. Estudando a bioquímica, ele percebeu que a teoria da Seleção Natural, base do darwinismo, ia contra as novas descobertas da bioquímica. Isto é, partindo de dados da ciência, ele chegou à conclusão que só uma Inteligência poderia ter desenhado a maioria das estruturas vivas do planeta.

Tatiana Sabadini: A teoria da evolução descrita por Darwin é realmente possível? Ela pode ser complementada pela teoria da criação?

Lepanto: É fato que existe um certo tipo de evolução dentro de uma mesma espécie. Mas Darwin não conseguiu demonstrar a evolução de uma espécie que dê origem a outra espécie. O elo até hoje está perdido... A teoria da evolução é, como o nome indica, apenas teoria.

A teoria de Darwin é muito restrita, basta uma só falha no sistema para todo seu edifício desmoronar como um castelo de cartas. O próprio Darwin assim o admitiu, quando disse no seu livro A Origem das Espécies: "Se se pudesse demonstrar que existe algum órgão complexo que não tenha sido possivelmente formado por modificações numerosas, sucessivas e pequenas, minha teoria simplesmente cairia por terra". É o que tem provado largamente a corrente de cientistas do "Intelligent Design" (Desenho Inteligente).

Esses cientistas têm demonstrado que inúmeros órgãos vitais, organelas das células, funções tais como a visão, etc., de nenhum modo poderiam ter sido formadas por modificações "numerosas, sucessivas e pequenas". (cfr. A caixa preta de Darwin, Michael Behe, Nova York, Free Press, 2006)

Também no que diz respeito às mutações, os dados científicos atuais são cada vez mais claros de que elas são nocivas aos organismos.

Ao contrário do evolucionismo que parte da "não-vida" (do vazio, por assim dizer), o Criacionismo sustenta que é preciso que um Ser superior tenha criado cada espécie. Seria absurdo, do ponto de vista racional, sustentar que um ser inferior pudesse gerar outro ser de uma espécie superior e mais complexa. Isso, que está no fundamento do evolucionismo, é racionalmente absurdo e nunca foi demonstrado cientificamente.

Tatiana Sabadini: Você acredita que seja possível misturar as crenças religiosas nas pesquisas científicas sobre a criação do mundo?

Lepanto: A Fé e a Razão não devem ser vistas como excludentes ou contraditórias, mas sim como complementares. A ciência moderna se baseia no empirismo, na capacidade de medir, experimentar, quantificar dados. Mas a ciência, entendida em seu sentido mais amplo, não se restringe a isso, tanto que hoje temos as "ciências humanas" em todas as universidades, onde o caráter científico é derivado de um método e não necessariamente de uma experiência.

No que diz respeito à religião, é preciso distinguir. Existem "crendices" que acabam se tornando religiões supersticiosas, onde a ciência não tem lugar. Mas, no que diz respeito à religião católica, isso não se aplica. A fé não deriva de um sentimentalismo superficial, mas de uma convicção profunda, onde a razão e a ciência também estão presentes. A Fé, a razão e a ciência devem andar juntos.

Por exemplo: se a Ciência prova que tem que haver um Ser Inteligente que tenha criado tudo, é a Religião que tem os meios de dizer quem é esse Ser. É o que a Igreja Católica faz: ela usa dados da razão, da lógica e da Revelação e afirma: esse Ser é Deus. E depois continua seu estudo, e mostra quais as características de Deus. Não é crendice: é lógica, razão, estudo e convicção.

Ao contrário do Criacionismo, que não exclui a filosofia, a metafísica, a lógica e a ciência; e, com esses instrumentos do conhecimento humano pode chegar a noções muito mais profundas sobre a origem da vida, o evolucionismo, por se pretender "científico" (isto é, experimental) acaba esbarrando em um problema que é também um paradoxo, já que não há como recriar a "experiência" primeira por onde se teria iniciado a vida. O evolucionismo acaba padecendo do problema que vê no Criacionismo e se tornando uma espécie de religião, onde a "fé" é anterior à comprovação dos fatos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Informe a respeito dos protestos contra o show de Madonna na Polônia

O show de Madonna realizou-se, mas num ambiente nacional de repulsa. A mídia não falou quase nada no Brasil sobre isso. A cantora saiu "fugindo" da Polônia como impelida por uma força superior, e cancelou um show que faria em seguida.

O valor reparador de nossa campanha junto a Nossa Senhora foi a dos filhos fiéis que A acompanharam num momento de uma ofensa coletiva. A blasfêmia, de si, não atinge a Deus nem a Nossa Senhora. O que Lhes causa dor é a insensibilidade dos bons. Mas, em virtude de nossa campanha, isso não houve.

Mais detalhes no post
http://luzesdeesperanca.blogspot.com/

sábado, 8 de agosto de 2009

Catecismo Contra o Aborto - Porque devo defender a vida humana

Livro completo para todos os que querem defender o Sagrado Direito de Nascer!

Uma bomba na luta contra o aborto!

Analisa o problema sob o aspecto religioso, jurídico, moral e científico!

- Quando começa a vida humana?

- E se for um caso de estupro?

- O que dizer da anencefalia?

- Aborto não é um mero tema de saúde pública?

- Existe uma internacional do aborto?

Livro acessível, que todos os brasileiros podem adquirir, e todos os brasileiros devem ler!

Profundo, denso, mas de fácil leitura.

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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Show de "Madonna" - Proteste contra blasfêmia na Polônia

Prezados,

A cantante americana “Madonna” fará um show no aeroporto de Varsóvia, no dia da festa da Assunção de Nossa Senhora, 15 de Agosto, e também festa de Nossa Senhora de Czestochowa, padroeira do país.

A revista escandalosa polonesa “Machina” publicou na sua capa um escárnio de Nossa Senhora de Czestochowa com o dizer: “Não há lugar para duas rainhas na Polônia”.

Se isso ocorrer num país tão católico, amanhã não poderá ser tentado no Brasil?

O Sr., a Sra., já imaginaram um show blasfemo de “Madonna”, por exemplo, no aeroporto internacional de São Paulo, Rio de Janeiro ou outra capital brasileira, para debicar de Nossa Senhora Aparecida, no dia de sua festa?

Católicos de todo o mundo estão se unindo aos católicos poloneses que, dentro do estrito respeito da lei, solicitam às autoridades polonesas que impeçam essa blasfêmia coletiva a Nossa Senhora.

É preciso nós, católicos brasileiros, fazermos sentir que na Terra de Santa Cruz nenhuma tentativa nessa linha será aceita.

No Brasil já começaram os protestos. Mande também seu protesto de católico e de brasileiro!

Visite o blog Luzes de esperança http://luzesdeesperanca.blogspot.com/ , lá encontrará os endereços e uma mensagem de protesto, que cada um poderá editar ou completar segundo ache melhor. Com um simples clique o Sr., a Sra, poderão poupar essa ofensa a Nossa Senhora que é nossa Mãe!

Para participar, clique no link abaixo:

http://luzesdeesperanca.blogspot.com/

terça-feira, 28 de julho de 2009

Kerenskismo obamista, Honduras e abismo chavista

Armando Valladares (*)
Agência Boa Imprensa - Boletim nº 1013 - Julho/2009

Assim como o presidente Eduardo Frei Montalva passou para a História como o Kerensky chileno, por pavimentar o caminho para o socialista Allende, assim também o presidente Obama corre o risco de se tornar o Kerensky das Américas, caso empurre Honduras para o abismo chavista.

Quando ocorreu a destituição do presidente hondurenho Zelaya, por ordem da Suprema Corte desse país e o apoio majoritário do Congresso, Honduras caminhava a passos rápidos rumo a uma ditadura chavista, passando por cima da Constituição e das leis. Além de seu mais alto órgão judicial, as mais importantes figuras políticas e religiosas de Honduras estavam alertando para o risco chavista.

Não obstante, nem o presidente Obama, nem o secretário geral da OEA – o socialista chileno Insulza –, nem o “moderado” presidente do Brasil, Lula da Silva, e nem sequer, que nos conste, qualquer outro presidente latino-americano disse uma palavra a respeito. Alegava-se a autodeterminação, a necessidade do diálogo, o respeito dos processos políticos internos, etc.

Todas essas personalidades políticas tiveram oportunidade de falar em favor da liberdade de Honduras, mas, como Pilatos, preferiram lavar as mãos. Menciono as duas mais notórias.

A primeira foi a Cúpula das Américas, em Trinidad Tobago, próxima de Honduras, durante a qual o presidente Obama, com seu estilo neo-kerenkista, se desfez em sorrisos com o presidente-ditador Chávez, flertou com o próprio Zelaya e com outros presidentes populistas-indigenistas como o equatoriano Correa e o boliviano Morales, prestigiou o “moderado” Lula e anunciou que estava disposto a dialogar e estabelecer um “novo começo” com a sanguinária ditadura castrista.

A segunda foi a Assembléia Geral da OEA – por uma ironia da História realizada na própria Honduras –, na qual, com a aprovação do governo Obama, se absolveu a ditadura castrista e se lhe abriram as portas para que pudesse retornar ao referido organismo internacional.

Diante de seus narizes e dos próprios olhos, os chanceleres dos governos das Américas puderam sentir e ver a grave situação interna de Honduras, mas preferiram lavar as mãos como Pilatos.

Quando se deu a destituição do presidente Zelaya, ordenada pela Suprema Corte hondurenha com base em preceitos constitucionais que impedem a reeleição de um presidente, aí sim, rasgaram-se as vestes, iniciando-se um dos maiores berreiros de esquerdistas e “moderados úteis” da História contemporânea, com verdadeiro linchamento de um pequeno país que decidiu resistir a essas pressões. Um pequeno país que se agigantou espiritualmente, inspirado na expressão de São Paulo, esperando “contra toda esperança” humana, mas aguardando tudo da Providência e fazendo lembrar, para quem vê com apreensão o drama hondurenho, a figura bíblica de David contra Golias.

No momento em que escrevo estas linhas o deposto presidente Zelaya ameaça retornar a Honduras, com o que, segundo advertência do Cardeal desse país, tornar-se-á responsável pelo sangre fratricida que possa correr. Diante da resistência hondurenha, até o presidente-ditador Chávez olha para o presidente Obama na esperança de que este a quebre.

Também neste momento noticia-se que a secretária de Estado Hillay Clinton acaba de telefonar ao presidente interino de Honduras para, segundo versões, dar-lhe um ultimato. A mesma secretária Clinton que em Honduras, durante recente reunião da OEA, aprovou a absolvição da sanguinária ditadura castrista; a mesma que, juntamente com o presidente Obama, está disposta a dialogar com o governo pró-terrorista do Irã; ela, que abre os braços aos comunistas cubanos, que se reúne e ri com o presidente-ditador Chávez, dá um chega-prá-lá na delegação civil hondurenha que foi a Washington simplesmente para explicar sua versão dos fatos.

Como já foi lembrado, o Cardeal de Honduras advertiu o deposto presidente Zelaya de que este será responsável pelo banho de sangue que possa ocorrer, caso force seu regresso ao país.

De minha parte, enquanto ex-preso político cubano durante 22 anos nas masmorras castristas, embaixador dos Estados Unidos por vários anos junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU, e como simples cidadão das Américas, tenho a certeza de que assim como o presidente Eduardo Frei Montalva passou para a História como o Kerensky chileno, por pavimentar o caminho ao socialista Allende, assim também o presidente Obama corre o risco de se tornar o Kerensky das Américas, caso contribua para empurrar Honduras rumo ao abismo chavista.

(*) Armando Valladares, ex-preso político cubano, foi embaixador dos Estados Unidos em Genebra ante a Comissão de Direitos Humanos da ONU durante as administrações Reagan y Bush. Acaba de receber em Roma um importante prêmio de jornalismo por seus artigos em favor da liberdade em Cuba e no mundo inteiro.
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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Pletora de provas mostra que o CO2 nada tem a ver com o clima

Fonte: Verde: Cor nova do comunismo

O Prof. José Carlos de Almeida Azevedo, 76, é doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA), ex-reitor da UnB (Universidade de Brasília) publicou clarividente matéria no "Jornal da Ciência" e reproduzida na "Folha de S.Paulo" de 16 de abril de 2009.

Nela desmente com impressionante aparato documental um dos maiores bluffs do terrorismo ecologista: que o gás carbónico (CO2) aquece perigosamente a Terra.

“O artigo de Myanna Lahsen (Tendências/Debates, 3/4), em que pretendeu criticar dois artigos que escrevi nesta página, me fez lembrar duas pessoas. O comediante Groucho Marx disse: “Hoje, ciência é o nome do jogo, e, se você conseguir enganar, você está dentro”.

“O filósofo Mario Bunge, no estudo In Praise to Intolerance to Charlatanism in Academia (Louvando a Intolerância ao Charlatanismo na Academia, Anais da New York Academy of Sciences), critica os que falam de ciência e dela nada entendem. Bunge disse que Feyerabend “tem merecido atenção porque, erradamente, admitiram que ele conhece algo de física. Mas, de fato, a sua ignorância desse assunto, o único que procurou entender, era abismal”. Lahsen entende menos de física que Feyerabend.

“Para ela, “é fácil criar confusão sobre a ciência do clima”, sem saber que na ciência não há confusão, há divergência, e que não existe a “ciência do clima”. Lahsen, antropóloga dinamarquesa, diz que o IPCC “não é uma instituição de pesquisa” e “não faz previsões do tempo nem do clima. Ele avalia ciência já produzida”, mas se desdiz ao afirmar que o IPCC tem “milhares de cientistas”.

“Levianamente, ela afirma que tenho “entendimento errado” do que é o IPCC e que me baseio em um relatório de 23 cientistas, “um número muito pequeno se comparado aos milhares de cientistas (...) do IPCC”, o que é falso.

Para Lahsen, a validade científica depende de votação, apesar de a frase de Galileu ter mais de 400 anos: “Em questões de ciência, a autoridade de mil não vale o humilde raciocínio de um só indivíduo”. O que fazem esses “milhares de cientistas” que frigiram 50 bilhões de dólares para provar a influência do CO2 no clima e nada conseguiram?

“Cabem perguntas: há prova científica sobre a influência do CO2 no clima? Não há.

Algum livro de física de nível universitário menciona esse efeito estufa? Salvo engano, só há um, o Thermal Physics, de Kittel (edição de 1990), que, em quatro linhas, atribui o efeito ao vapor d’água. O que os ecoterroristas chamam de efeito estufa nada tem a ver com o que ocorre numa estufa para plantas ou em um automóvel com os vidros fechados e exposto ao sol.

Há prova de que o CO2 nada tem a ver com o clima? Há uma pletora. O artigo de Jan Veizer, entre outros, prova, numa perspectiva de 4 bilhões de anos do ciclo do carbono, que o fator preponderante não é o CO2, é a radiação cósmica.

“E há prova inequívoca, a feita com o gelo retirado em Vostok, que mostra que a temperatura sempre aumenta antes de o nível do CO2 aumentar; não ocorre o oposto, como quer a sábia danesa, que não distingue causa de efeito nem sabe que há mais coisas entre o céu e a Terra além do CO2.

“O Danish National Space Center corresponde ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), onde Lahsen se encontra. Lá, os dinamarqueses E. Friis-Christensen, K. Lassen e H. Svensmark provaram que a radiação cósmica cria múons que chegam às nuvens baixas da Terra e formam os núcleos de condensação que definem o clima e o tempo.

“Por sua vez, N. Shaviv e J. Veizer, em Israel e no Canadá, provaram a correlação que há entre o clima na Terra e a passagem do sistema solar pelos braços da galáxia local, a Via Láctea. Por isso, o Cern (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear) amparou esses estudos e reuniu cientistas e cerca de 30 instituições para estudar a natureza do clima e do tempo sob essa perspectiva.

São o Sol e a radiação cósmica que os definem. Mas a pseudocientista Lahsen discorda, diz que é o CO2, o que me leva a lhe sugerir que volte à Dinamarca e lá exiba a sua sabedoria. Mas o que faz uma antropóloga em um instituto de estudos espaciais? Conversa com seres extraterrestres?

R. Lindzen, do MIT, disse que adeptos do IPCC agem como a juventude nazista. Myanna Lahsen segue a cartilha da juventude fascista, de Mussolini: “Credere, obbedire, combattere”. Crer, obedecer, combater. É o que cabe aos pobres em espírito”.

domingo, 7 de junho de 2009

“Discriminação” de cunho ideológico

Roger Vargas

ABIM - A propósito de um artigo da “Folha de São Paulo”, de 27 abril, sobre a discriminação e as cotas para estudantes universitários, veio-me uma recordação saudosa da época em que não havia quotas raciais nas universidades...

Discriminação é um termo que significa apenas ato de distinguir, separar, apartar. Porém, a palavra discriminação, como é entendida hoje em dia, tomou um sentido acentuadamente ideológico.

Não muito tempo atrás, recordo-me que quando pedíamos –– “Pode me dar uma nota discriminada?” –– isso significava tão somente classificar nela os produtos comprados.

Infelizmente, a significação da palavra mudou, e discriminação com sentido ideológico está atingindo, pouco a pouco, todos os setores da sociedade. No ensino, ela encontrou seu caminho através do sistema de cotas que obriga, por lei, ser reservada uma quantia de vagas nas universidades a alunos considerados “discriminados”.

Baseando-se no modelo de tribunais da Revolução Francesa, o candidato é entrevistado “por uma comissão que inclui professores, técnicos da universidade, estudantes e ativistas de organizações pró-direito dos negros: um autêntico e estapafúrdio tribunal racial”, comenta a “Folha”. Em tal entrevista, são feitas perguntas por essa “banca racial”. Dentre elas, a indagação se a pessoa alguma vez já se declarou negra ou parda, ou mesmo se já foi vítima de preconceito.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, uma caloura que afirmara nunca ter sofrido discriminação foi desqualificada pela comissão, por causa dessa afirmação!

Também na Universidade Federal de São Carlos (SP), segundo o matutino paulista, 25% dos alunos que haviam sido aprovados no vestibular por tal sistema tiveram suas matrículas canceladas, após serem questionados pela “banca racial”. E é clamoroso o fato de dois gêmeos univitelinos na UnB de Brasília, onde esse tipo de banca considerou um deles negro e o outro não...

Com a adoção de critério tão absurdo, quem é prejudicado? O próprio negro que, mais cedo ou mais tarde, não se orgulhará de não ter conquistado uma vaga por seu próprio esforço, mas sim por ter sido considerado “discriminado”...

E quem sai lucrando com tal situação? Os movimentos de esquerda que, cada vez mais vão incrementando no Brasil o espírito de revolta. Uma vez que falharam em seu intuito de levar o povo brasileiro à luta de classes, agora tentam induzi-lo à luta das raças. Num País universalmente reconhecido como modelo de miscigenação e de harmonia racial!

A pergunta que resta: até quando a opinião pública brasileira resistirá a esse ataque à ordem e à harmonia de raças vigentes? Quantos inocentes serão perseguidos ou mesmo encarcerados até que as normas da verdadeira justiça e o bom senso do povo brasileiro eliminem a tentativa de implantar maciçamente tal “discriminação” e a luta de raças em nosso País?

Fonte: http://agenciaboaimprensa.blogspot.com

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Entrevista com Dom Schneider sobre a Sagrada Comunhão

D. Athanasius Schneider, O.R.C., Bispo Auxiliar de Karaganda no Cazaquistão, nasceu em 1961, no Quirguistão (Ásia Central), para onde seus pais haviam sido deportados e onde foram obrigados a trabalhos forçados. Desde antes de sua sagração episcopal (2-6-2006) tem se empenhado também na construção de uma Catedral em Karaganda que pretende dedicar a Nossa Senhora de Fátima, querendo assim prestar à Virgem Santíssima o seu reconhecimento pela ajuda celeste obtida para os habitantes daquelas paragens.

No presente vídeo, Sua Excelência narra fatos edificantes e nos dá uma atualização da sua obra "Dominus Est" (publicado em sua versão original em italiano pela Libreria Editrice Vaticana em janeiro de 2008).

Em Portugal, foi publicada em setembro de 2008 pela Ed. Caminhos Romanos-Unipessoal Ltda., Porto (para informações ac.azeredo@hotmail.com). E no Brasil foi lançada no mês de maio 2009 pela Editora Raboni (http://www.raboni.com.br).

Veja abaixo a entrevista de D. Schneider dado ao Gloria.TV em português:

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ahmadinejad poderia ter sido preso no Brasil

Cláudio Humberto

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, poderia ter sido preso por crime de racismo durante sua visita ao Brasil, hoje, caso reiterasse a negação do holocausto que matou 6 milhões de judeus. A senha para a prisão foi a advertência do ministro Flavio Bierrenbach, no Superior Tribunal Militar, recomendando prender em flagrante "qualquer marginal que cometa no Brasil crimes de racismo e de incitação ao genocídio."

Voz de prisão

Com apoio da tropa, um oficial do Exército, cuja identidade é preservada, de alta patente, decidira fazer História, dando voz de prisão ao maluco.

Incidente diplomático

Para prender Ahmadinejad seria alegada – diante do flagrante de crime – a inexistência de imunidade diplomática e de “extraterritorialidade”.

Confira:
http://www.claudiohumberto.com.br/

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pandemia de gripe ou de pânico?

José Carlos Sepúlveda da Fonseca

Fonte: Blog Radar da Mídia

Em meio às incertezas da crise econômica mundial, à instabilidade política no Oriente Médio, aos assaltos a embarcações de piratas na Somália, às reviravoltas da política externa do governo Obama, à farra das passagens aéreas no Congresso, surgiu de repente no panorama um fato inteiramente novo e ameaçador.

Jornais, rádios e televisões anunciaram a irrupção no México de um inesperado surto de gripe, causada por misterioso vírus.

Do surto de gripe à pandemia

As primeiras informações davam conta de largas dezenas de mortos, vítimas da gripe batizada de suína.

Com a rapidez de um rastilho, a notícia se espalhou, a par do que se dizia ser a igualmente rápida disseminação do vírus. Multiplicavam-se as imagens de mexicanos usando máscaras em casa, na rua, no trabalho. Anunciava-se a paralisação do país.

Em outros lugares do mundo começaram a pipocar as mesmas cenas de pessoas portando máscaras, anúncio de casos detectados da misteriosa gripe, confinamento em quarentena de supostos portadores da doença, grandes quantidades de vacinas e remédios sendo estocadas.

Alertas pelo mundo. Noticiários ameaçadores. Declarações alarmistas de autoridades sanitárias internacionais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmava que esta gripe seria capaz de atingir dois bilhões de pessoas.

Em pouco o tempo o mundo não estava mais perante um surto de gripe, mas diante de uma pandemia.

O clímax estava, de certa forma, atingido. Criara-se a sensação de estarmos diante de um perigo iminente e incontornável.

Contradições dentro do perigo

Mas quem parasse um pouco para fazer uma análise mais acurada dos acontecimentos, logo notava certa ou até grande defasagem do quadro traçado com a realidade.

Entramos, então, no que se poderia chamar uma segunda fase, a das informações e notícias desencontradas e até contraditórias: os desmentidos e os desmentidos dos desmentidos.

A sensação agora não era apenas do perigo iminente, mas de um caos dentro do perigo.

Afinal, das mortes anunciadas no México, apenas algumas podiam ser atribuídas com certeza à chamada gripe suína.

Outras notícias desinflavam a gravidade da infecção viral e a comparavam à de uma gripe comum.

O número aterrador da OMS era apenas o potencial da doença e o vice-diretor da entidade admitia que, mesmo numa pandemia, a maioria dos infectados não deveria ter mais do que uma gripe suave.

Muitos dos casos detectados em diversos países... não eram afinal da doença!

Até o próprio nome da grave infecção foi questionado. Ela não deveria chamar-se gripe suína. Alguns propugnavam que se denominasse gripe americana e, em muitos noticiários, passaram a referir-se apenas à contaminação pelo vírus A(H1N1).

E, como não podia deixar de acontecer, começaram a proliferar os gracejos e as piadas.

O binômio susto X desprevenção

A sensação passou a ser de uma gangorra psicológica.

Ora a desprevenção total, o ignorar completamente qualquer perigo; ora as medidas severíssimas, como não estender a mão, não aproximar-se mais de dois metros de alguém, as máscaras por toda a parte, etc., o que levou mexicanos a dizer que se sentiam infectados, mesmo não o estando.

O psicólogo mexicano José Mercado apontou com precisão o que ocorria com seu país, no momento em que se anunciava a volta à normalidade: estamos “saindo de uma situação de pânico, mas ao mesmo tempo nos mantêm com a idéia de que o inimigo continua aqui, que ele vai nos matar e que para evitá-lo temos de nos isolar, o que fomenta de novo o pânico, a loucura. Isso, em termos psicológicos, é nefasto” (cfr. O Estado de S. Paulo, 8.maio.2009)

Esse lado nefasto talvez explique as reações extremadas de alguns que, numa espécie de atração pelo abismo, passaram a organizar por Internet as “festas da gripe suína”, com o objetivo de se infectarem. A finalidade seria a de desenvolverem anticorpos.

Pânico moral oficial

Ao comentar com pessoas conhecidas e amigas o conjunto desta situação, pareceu-me toda ela eivada de grande irracionalidade, pela desproporção do alarmismo, pela imprecisão das informações, pela contradição dos dados, etc.

Segundo as notícias de ontem, 29 países reportaram casos, totalizando 4.500 infectados e até ao momento foram reportadas apenas 53 mortes provocadas pela gripe.

Subestimar um perigo é, por certo, um erro. Mas inflá-lo, ou ainda exagerá-lo desmesuradamente e levá-lo ao paroxismo – que alguns qualificaram de pânico moral - pode ser um erro ainda maior.

E, fato estranho, um pânico moral, não originado no boato anônimo e descontrolado, mas promovido por fontes oficiais de quem é de se esperar atitudes responsáveis.

O triunfo dos porcos

Em minhas buscas na mídia, deparei-me com um artigo, de autoria de João Pereira Coutinho (Folha de S. Paulo, 5.maio.2009), que sintetiza bem a situação criada e que convida à reflexão. Gostaria de compartilhá-lo com todos os que lêem o Radar da Mídia.

O título, O triunfo dos porcos, é um hábil jogo de termos, em referência à gripe suína de um lado, e à fábula de George Orwell, em que narra uma revolução entre os animais de uma fazenda, e a forma pela qual o idealismo foi traído pelo poder, pela corrupção e pela mentira.

João Pereira Coutinho começa o artigo referindo-se a seu estado de espírito à medida que o ano avança e não existe nenhum apocalipse pronto para exterminar a raça humana:
"Os meses passavam: janeiro, fevereiro, março. E as autoridades mundiais não lançavam gritos lancinantes sobre uma doença, uma anomalia técnica, um vírus descontrolado e mortal. Nem sequer um espirro!

"Sei do que falo. Vocês, leitores, também. Nos últimos dez, 15 anos, praticamente não tivemos sossego. (...)

"Antes mesmo do século 21 começar, os perigos estavam nas vacas e na carne delas. A doença tinha nome divertido ("doença da vaca louca") e conseqüências menos divertidas: uma doença neurológica degenerativa e incurável que prometia condenar meio milhão de seres humanos a uma morte precoce e terrível.

"Lembro-me bem: imagens de vacas trémulas, a dançar o twist; a matança de milhares delas, com ou sem sintomas; e os criadores de gado arruinados. Muitos optaram pelo suicídio. Pobrezinhos. Ainda hoje está por provar que a encefalopatia espongiforme bovina seja a causa da doença de Creutzfeldt-Jacob nos seres humanos.

"Veio o milênio. E, com o milênio, vieram novos perigos. Não de origem animal. Mas humana. Ou, se preferirem, tecnológica. Na virada de 1999 para 2000, um "bug" informático iria paralisar as cidades, os transportes, o sistema bancário e financeiro. Aviões cairiam do céu. Milhões de doentes não resistiriam à paragem das máquinas. Os países mais desenvolvidos gastaram US$ 300 bilhões de dólares (estimativa conservadora) para evitarem o colapso. Quando a meia-noite soou, o mundo, inexplicavelmente, continuou. Suspirou-se de alívio. Ou de desilusão?

"Os suspiros duraram pouco tempo. Se a humanidade resistira ao "bug" informático, não iria sobreviver à "gripe das aves". A Organização Mundial de Saúde garantia que 7 milhões de pessoas estavam condenadas. As Nações Unidas, não contentes com 7 milhões, falavam já em 150 milhões. Especialistas vários preferiam dizer 350 milhões. Moral da história?

"Morreram 200 pessoas, sobretudo na Ásia rural, onde a pobreza e a desnutrição não ajudam. Morreram incomparavelmente menos pessoas do que as vítimas normais que a gripe normal provoca todos os anos, em todos os países do mundo.

"Eis a verdade: andamos há muito tempo a fantasiar a nossa própria destruição coletiva. São as vacas. As aves. O "bug" informático. A pneumonia atípica. A catástrofe ecológica e climatérica que nos espera.

"Ou, para sermos mais atuais, uma gripe de origem suína e mexicana que, nas palavras de Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, coloca toda a humanidade em risco. Que essa "gripe suína" esteja sobretudo confinada ao México, pouco importa. Que as vítimas do México sejam praticamente insignificantes quando comparadas com as vítimas regulares de gripe regular, também não. E que os infectados fora do México estejam a responder aos medicamentos disponíveis, muito menos. A realidade dos fatos não altera a nossa histeria.

"E não altera porque a nossa histeria é profunda e incurável. Hoje, vivemos mais. Hoje, vivemos melhor. Mas apesar disso, ou sobretudo por causa disso, entramos em pânico sempre que a morte, ou mesmo a mera possibilidade da morte, ameaça o nosso único deus: o corpo, o nosso corpo, e a "Religião da Saúde" que substituiu todas as outras teologias tradicionais.

"Tememos a nossa destruição física. Mas, como em qualquer temor, recriamos e até desejamos essa mesma destruição, como se isso redimisse a radical solidão dos homens de hoje. Tão modernos que somos. E tão entediados que nos sentimos.

"Um conselho: nada nesta vida se faz sem perseverança. Quem sabe? Se desejarmos muito que algo aconteça, talvez um dia alguém lá cima se lembre de responder às nossas preces. "
Afirmei que este artigo convidava à reflexão. Antes de terminar quero deixar aqui duas perguntas.

Diz o autor que "andamos há muito tempo a fantasiar a nossa própria destruição coletiva", para acrescentar depois que "a realidade dos fatos não altera a nossa histeria".

1) somos nós mesmos que fantasiamos, ou nos induzem a fantasiar nossa destruição coletiva, como no caso presente?

2) a realidade dos fatos não altera a "nossa histeria", ou não altera a histeria que nos querem impor?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Canonização de Dom Nuno Álvares Santo, guerreiro e monge

Dom Nuno Álvares Pereira reuniu em si o conjunto de virtudes e predicados que fazem dele o arquétipo de qualquer cristão.

Frei Nuno de Santa Maria — seu nome religioso — é um personagem indivisível, e como tal deve ser visto.

Sobre este homem pousou, desde cedo, a mão da Providência. A sua vida foi uma sucessão contínua de prodígios e de lutas; e as suas ações, quer como condestável dos exércitos, quer como grande esmoler, foram aureoladas pela glória e humildade.

Corria o ano de 1360. Na festa de São João Batista, a 24 de junho, nasceu ele em Cernache do Bonjardim (140 quilômetros a norte de Lisboa), recebendo no Batismo o nome de Nuno. Descendia por ambos os lados da mais alta nobreza de Portugal.

Com tenra idade, como era hábito naquele tempo, foi viver entre cavaleiros e escudeiros. Os grandes feitos da cavalaria medieval povoavam os horizontes dos jovens da época. A Crônica do Condestável está repleta desses relatos.

Recebera em casa uma esmerada educação e sólida formação cristã. Ambas, aliadas à retidão de alma de Nuno, produziram efeitos duradouros que hoje nimbam a imagem do Condestável, cujo culto universal a Igreja Católica legitimará com a sua canonização.

Aos 13 anos acompanha o pai à Corte, que se achava em Santarém, uma vez que Henrique II de Castela invadira Portugal e marchava sobre Lisboa. Ele e o irmão Diogo recebem do Rei Dom Fernando de Portugal a ordem de colher informações sobre os invasores.

Desincumbem-se da tarefa com brilho. Dom Fernando toma Diogo para seu serviço, e Nuno, a quem foram dispensadas as cerimônias de praxe, é logo ali armado cavaleiro. Começa então a sua carreira de armas, e talvez seja esta a faceta mais incompreendida do Condestável para o homem contemporâneo, intoxicado que está pelos miasmas do pacifismo.

Nuno Álvares seguiu estritamente os princípios da cavalaria medieval — defender a fé, servir o rei e a honra das mulheres, estender a mão aos oprimidos. Fez sempre uso ponderado das armas, e nisso residia a razão da sua força. A procura da justiça era, para o santo Condestável, o fim último.

A crise que desembocará na batalha de Aljubarrota, na qual o gênio militar de Nuno Álvares resplandece, começa a emergir.

Entram em foco questões dinásticas delicadas, para além do fato de que, embora o Rei Dom Fernando tivesse obtido uma reconciliação de circunstância com o rei de Castela, contra quem guerreara, as desconfianças mútuas não se tinham dissipado e a situação ficara mal resolvida. Uma forte noção de identidade ia tomando conta de Portugal perante a ameaça castelhana, como se pode depreender dos escritos do cronista Fernão Lopes.

Paralelamente a esses acontecimentos emergira, em 1378, o tristemente célebre cisma do Ocidente. Em Portugal, o povo e o clero mantiveram-se fiéis ao Pontífice Romano, representante da legítima sucessão apostólica. Os castelhanos, no entanto, apoiaram o Papa de Avinhão, denominado “anti-papa”. Uma nova vertente, a religiosa, soma-se assim à crise. Na época, lutar contra os castelhanos torna-se a defesa do verdadeiro Papa contra os cismáticos.

Dom Nuno Álvares, pressentindo a ocupação próxima do trono de Portugal pelo rei de Castela, pôs-se a caminho de Lisboa acompanhado dos seus escudeiros. A morte em fins de 1383 do Conde Andeiro, amante de Dona Leonor Teles, precipita os acontecimentos.

Assume então o Mestre de Aviz, Dom João, Regedor e Defensor do Reino. Ao formar o seu Conselho de Governo, chama Nuno Álvares a tomar parte. Nas províncias, a insurreição vai ganhando terreno. Lisboa é cercada pelo rei de Castela. A sublevação estende-se a todo o Reino.

Dom João, Mestre de Aviz, envia o Condestável para defender as fronteiras no Alentejo. Com apenas 24 anos, derrota os invasores na batalha de Atoleiros, a 6 de abril de 1384. Ali agradece a Deus e à Santíssima Virgem por ajudarem no estabelecimento da justiça, “porque todo o vencimento é em Deus, e não nos homens”.

Em setembro de 1384 é levantado o cerco de Lisboa. Em Coimbra, as Cortes reúnem-se em abril-maio de 1385 para pôr cobro à questão dinástica. Dom João I é aclamado rei por unanimidade. Nuno Álvares é nomeado Condestável, chefe supremo do exército português. Contudo, o mais difícil ainda não chegara. O exército castelhano, agora bem apetrechado de homens e armas, vem tomar desforra.

Era domingo, 13 de agosto de 1385. O Condestável faz o reconhecimento do terreno, perto de Aljubarrota (20 quilômetros a sul da cidade de Leiria), ouve missa e comunga, depois retira-se em oração.

A batalha dá-se na véspera da festa da Assunção de Nossa Senhora, dia 14. Segundo os cronistas, do lado português estão, juntamente com os arqueiros ingleses, 7.700 homens; do lado castelhano são mais de 30.000. Ainda de acordo com os cronistas, mal despontara a aurora, iniciam-se os combates da batalha de Aljubarrota, que foi fulminante, tendo o exército castelhano deixado o solo juncado de mortos e feridos.


O Condestável respeitou as regras da cavalaria e permaneceu três dias à espera do exército invasor. Decorreram 26 anos até a assinatura do tratado de paz, em 1411. Ainda no rescaldo de Aljubarrota, travou-se a batalha de Valverde, nas proximidades de Mérida, em outubro de 1385, onde os castelhanos sofreram nova derrota.

Como penhor de gratidão pela vitória em Aljubarrota, Dom João I e o Condestável mandam construir um mosteiro em honra de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha, preciosa jóia da arquitetura gótica flamejante e um dos mais belos complexos monacais da Europa. .

Tendo entrado cedo na carreira das armas, logo após, aos 16 anos, Nuno Álvares contrai núpcias com Dona Leonor Alvim. Desse casamento, interrompido prematuramente pela morte da mulher, nasceu Dona Beatriz, que se casou com o 1º Duque de Bragança, filho bastardo de Dom João I. Pelo grande dote que deu à filha para o enlace matrimonial, é considerado o fundador da Sereníssima Casa de Bragança, cujos reis reinaram em Portugal de 1640 a 1910; e no Brasil independente, de 1822 a 1889.

A faceta de chefe militar do Condestável vai chegar até África, onde desembarca com os exércitos do rei na decisiva tomada de Ceuta, em 1415.

Entre os períodos de paz que se seguiram, Nuno Álvares dedica-se à edificação e restauro de igrejas e capelas por todo o Reino. Fidalgo de muitos haveres, vai distribuindo pelos seus próximos e pelos pobres os bens que acumulara nesta Terra.

Na sua longa vida de soldado, jamais permitiu que os seus comandados ofendessem ou profanassem templos cristãos, ultrajassem os sacramentos ou pilhassem os bens da Igreja. A sua retidão, em matéria muito sensível, era tão direita quanto o fio duma espada.

No entanto, sobre esta alma de eleição parecia ecoar a voz do Salmista (60, 2-3): “Escutai, ó Deus, o meu clamor, atendei a minha oração. […] Dos confins da Terra grito por Vós, com o meu coração desfalecido”. Consciente de que esta vida não é senão uma preparação para a outra, que é a das bem-aventuranças eternas, Nuno Álvares vai recolher-se no convento do Carmo, em 1423.

A procura da transcendência e do Absoluto, que é o nosso Deus Uno e Trino, encherá a sua alma sedenta até o último suspiro. Professará como irmão carmelita e se tornará o paladino da autêntica caridade cristã, distribuindo esmolas e ajudando os mais necessitados.

Em 1431, com 71 anos incompletos, entrega a sua alma ao Redentor. Na igreja do Carmo, sobre a campa rasa, lia-se em latim: “Aqui repousa aquele Nuno, Condestável, fundador da Casa de Bragança, chefe militar exímio, depois monge bem-aventurado, o qual, sendo vivo, desejou tanto o Reino do Céu que mereceu, depois da morte, viver eternamente na companhia dos santos; pois, de seguida a numerosas recompensas, desprezou as pompas e, fazendo-se humilde, de príncipe que era, fundou, ornou e dotou este templo”.

Depois de muitos percalços históricos, sobretudo devido ao terremoto de 1755, que devastou Lisboa e a igreja do Carmo, os seus restos mortais repousam, desde 1951, na igreja do Santo Condestável na capital portuguesa.

Nuno Álvares Pereira, santo Condestável, Frei Nuno de Santa Maria –– três nomes, três facetas de um só homem.

Beatificado por Bento XV em janeiro de 1918, será canonizado por Bento XVI em 26 de abril de 2009. Para a Ordem Carmelita, é mais uma estrela que brilhará na constelação dos santos que honram os seus altares.

(Fonte: José Narciso Barbosa Soares; "Catolicismo", abril de 2009)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O golpe da Páscoa

José Carlos Sepúlveda da Fonseca

O período da Semana Santa tornou-se uma ocasião propícia para um golpe nada santo do governo: a intervenção no Banco do Brasil.

O Presidente Lula decidiu demitir o presidente do banco, Antônio Francisco de Lima Neto. A confusão – proposital e bem ao estilo do lulo-petismo – se estabeleceu.

Lula começou por afirmar que era Lima Neto quem desejava sair do cargo. Depois, a saída já era por outro motivo, a determinação do governo de reduzir o spread bancário, uma “obsessão” de Lula. A intervenção, na verdade, mascarava um golpe de mão político.

Banco do Brasil ou de Lula?

O mercado, apanhado de supresa pela decisão, reagiu em pouquíssimo tempo ao perceber o carácter político do golpe. As acções do Banco caíram mais de 8%.

A imprensa também apontou a intervenção estatal despropositada: “O Banco é do Brasil ou de Lula?”, perguntava a revista Época; “BB do PT”, intitulava seu editorial a Folha de S. Paulo; “Ingerência política volta a assustar” afirmava artigo de opinião do jornal Valor.

“Apesar de todas as justificativas dadas pelo governo para essa troca de presidente, ela aumenta a preocupação de possíveis interferências políticas sobre a gestão do banco”, disse o analista da Itaú Corretora, Alcir Freitas, conforme o jornal Valor (9 a 12.04.2009).

Ainda segundo o mesmo jornal, para Laura Lyra Schuch, analista de ações da corretora Ativa, a preocupação é de que o novo presidente do banco se torne uma “marionete” do governo em ações que possam comprometer a rentabilidade do banco.

A falácia do banco público

Dilma Roussef, em sua contínua atuação de candidata, ajudou ao coro de vitimização demagógica, já iniciado por Lula, de um governo que se diz sacrificar em “defesa dos pobres”. Apelando à emotividade afirmou: “Não aguentamos mais discutir com presidentes de bancos públicos, porque eles pensam que são presidentes de bancos privados”.

A afirmação encerra uma falácia. O Banco do Brasil não é um banco público, mas uma companhia aberta, com ações em bolsa e com milhares de acionistas minoritários.

Foi por tal motivo que a analista econômica, Miriam Leitão, escreveu em seu blog: “Se o BB tem acionistas privados, ele tem de operar com as regras do mercado, buscando o lucro e competindo com outros bancos. Se ele vai ser administrado pelo presidente da República ou pelo chefe da Casa Civil, então não pode ter ações no mercado. Uma coisa ou outra” (cfr. Época, 13.abr.2009).

Expurgo estatista

Ninguém, evidentemente, acredita nas razões dadas pelo governo. A interferência tem um claro cunho político, ideológico e estatista.

Dirigir o BB é uma arma de poder e Lima Neto não atendia aos desígnios petistas. Segundo a revista Época, citando fontes importantes, Ricardo Berzoini, presidente do PT, vinha lutando para derrubar Lima Neto.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo (9.abr.2009), nos círculos presidenciais, Lima Neto era considerado conservador, um homem que agia com o “freio de mão puxado”, “pouco ousado”, “muito fechado” e sempre “criava obstáculos” à concessão de crédito para as camadas de baixa renda.

Traduzindo em miúdos: Lima Neto agia com o “freio de mão puxado” porque não permitia que o BB se tornasse uma máquina de esbanjamento em favor de políticas “sociais”, que redundam em compra de votos.

Em seu editorial (10.abr.2009), o jornal Folha de S. Paulo observou sobre o aparelhamento do BB: “O PT foi convocado para mais uma missão patriótica... A nova anedota palaciana, disseminada na praça para tentar justificar a troca de comando no BB, não combina com alguns fatos. (...) Aumentar a tutela do governo e do PT sobre a direção do Banco do Brasil não vai resolver esse problema [ação antirecessiva], resolverá outros, decerto, atinentes às eleições que se aproximam. (...) Aventuras nessa seara redundam em contas bilionárias, divididas entre os contribuintes”.

É bom recordar que, em 1996, o BB precisou ser resgatado com a injeção de R$ 8 bilhões de nossos impostos, pois afundara devido a empréstimos ditados preponderantemente por critérios políticos.

Subordinação do BB a objetivos ideológicos

Em sua Notas & Informações, intitulada A politização do Banco do Brasil, o jornal O Estado de S. Paulo (10.abr.2009) aponta o viés ideológico e eleitoreiro da intervenção presidencial:

“É um péssimo sinal a interferência direta e explícita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na gestão do Banco do Brasil (BB), especialmente quando a cúpula do governo se empenha de forma indisfarçável na campanha para a próxima eleição presidencial. (...)

Politizar a condução do BB já o levou à beira de uma crise gravíssima, nos anos 90, e a operação de salvamento, com injeção de R$ 8 bilhões em seu capital, ainda é lembrada por todo brasileiro informado.

A subordinação aos objetivos políticos do governo também já custou caro à Petrobrás, forçada pelo presidente, no início do primeiro mandato, a recorrer a estaleiros nacionais para a compra de plataformas, navios-sonda e outros equipamentos. O resultado dessa mudança foi muito menos que satisfatório e isso não é segredo, embora a diretoria da Petrobrás evite referir-se ao problema. Também não deu certo, até agora, a associação com a PDVSA - estimulada pelo Palácio do Planalto - para a construção de uma refinaria em Pernambuco.

O presidente Lula e seus auxiliares insistem, no entanto, em sujeitar o aparelho de Estado - administração direta, autarquias e empresas - a objetivos de política partidária ou a caprichos ideológicos, sem dar importância a exigências técnicas. (...)

A ação do presidente Lula despertou receios muito justificados de uma crescente politização, a partir de agora, da gestão das companhias estatais.
Entendem agora o que Lula quer dizer quando apregoa a necessidade do “Estado forte” como resposta à crise? Nada mais do que o Estado tutor da economia, e a máquina estatal aparelhada pelo partido a favor de um projeto de poder político-ideológico.

Para os eternos otimistas de plantão, está aí o exemplo da mão de ferro político-ideológica de Lula no BB. É bom acordar!

Divulgue

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